Compartilhar notícias falsas no Facebook faz você perder credibilidade entre amigos e colegas. Aprenda a se proteger contra o phishing e a engenharia social.
Um recente experimento do Media Insight Project mostra que as pessoas se importam mais com o que os seus amigos ou celebridades postam e compartilham nas redes sociais do que a confiança na fonte da notícia ou dos dados.
Em outras palavras, em geral, a pessoa que compartilha uma notícia nas redes sociais – seja um amigo ou uma pessoa famosa – é mais importante do que a fonte real da história. As recentes mudanças no ecossistema de informação – onde o Facebook, por exemplo, foi a principal fonte, com exceção da televisão, para se obter notícias sobre a campanha presidencial americana – mostram que temos de estar atentos ao que lemos e ouvimos, pois podem ser notícias com um cunho ideológico por detrás. Muitas notícias falsas estão circulando na internet.
Na pesquisa do Media Insight Project, foi postada uma informação de saúde sobre o diabetes. Metade dos participantes foi informada de que o autor seria a Associated Press, uma agência de renome internacional de notícias, e à outra metade foi dito que a fonte era a DailyNewsReview.com (uma fonte fictícia). Aleatoriamente, metade dessas postagens eram compartilhadas por uma pessoa pública em quem os participantes confiavam e a outra metade por uma pessoa famosa em quem não confiavam.
50% dos participantes acharam que os fatos eram reais quando foram compartilhados pela pessoa em quem confiavam, enquanto que apenas 35% acreditaram nos fatos quando vinham de uma fonte na qual não confiavam.
O mesmo resultado aconteceu com os compartilhamentos: a fonte interessa menos, e tendemos a passar adiante aos nossos amigos nas redes sociais as histórias que vieram de uma celebridade em quem confiamos.
As pessoas confiam umas nas outras e transmitem essa confiança compartilhando conteúdos. Se a fonte é ou não confiável, se os fatos são ou não verdadeiros, parece importar menos nas redes sociais.
É a bolha: passamos a acreditar naquilo que recebemos em nossos feeds nas redes sociais, isto é, naquilo que os nossos amigos acreditam e compartilham. Nossos amigos fazem o papel de editores – ou censores – daquilo que vamos ler, saber, aprender e acreditar.
Quando o assunto é segurança – de sistemas operacionais e navegadores até de produtos antivírus – também ocorre o mesmo. A recomendação de um amigo pode ser mais importante do que as fontes de dados independentes. O Avast Antivírus passa regularmente pelos melhores laboratórios de testes independentes: a AV-Comparatives e a AV-TEST. Mas mesmo assim, sofre com críticas baseadas em postagens nas redes sociais que muitas vezes veem de fontes desconhecidas.
Como se proteger de notícias falsas?
- Sempre verifique a fonte da informação
- Não acredite em notícias soltas que você lê somente no Facebook ou outras redes sociais
- Suspeite especialmente de notícias chocantes, por exemplo: o presidente ou alguma celebridade sofreu um acidente e está lutando para sobreviver em um hospital. Com frequência, a postagem leva você para outro site fora do Facebook e pede que você verifique as suas credenciais de login ou atualize um falso aplicativo Flash para assistir a um vídeo.
- Mantenha sempre o seu antivírus atualizado, pois esses golpes (chamados phishing ou de engenharia social) atingiram um pico em 2016 e continuam ameaçando as pessoas
- Compartilhar notícias falsas pode fazer você perder a credibilidade entre os seus amigos e no seu ambiente profissional.
- Em alguns casos, você pode descobrir se uma notícia é falsa em sites especializados
E você? O que você acha que é mais importante? A fonte dos dados ou o que os seus amigos postam e compartilham nas redes sociais? Comente!
Foto: Maico Amorim.