Senhas fortes não bastam: como se proteger das ameaças virtuais?

Nilton Kleina 26 jul 2021

Além de um código difícil de ser adivinhado, é importante utilizar outros mecanismos de segurança em sua navegação

Utilizar uma senha forte é uma das dicas mais básicas de segurança digital: em vez de termos óbvios, como password (senha em inglês), sequências numéricas como "123456" ou datas comemorativas, o ideal é manter um código de acesso que não tenha a ver com o seu cotidiano e combine vários elementos — símbolos, números e letras, tanto maiúsculas quanto minúsculas.

Entretanto, nem mesmo uma sequência longa, complexa e criada de forma aparentemente aleatória é garantia de que você nunca vai sofrer uma invasão ou ter as informações roubadas de contas e serviços.

Por que uma senha forte não é o bastante?

Não se engane: uma senha forte ainda é extremamente necessária para manter a sua segurança digital. O problema é que, com o passar dos anos, ficou evidente que a sua criação não é mais considerada suficiente para proteger o usuário — ou o seu empregador, no caso de redes corporativas — de invasões e cibercrimes variados.

Isso porque a segurança cibernética passou por diversas transformações, inclusive durante a pandemia da covid-19. As páginas e mensagens falsas estão cada vez mais parecidas com as versões reais, além disso, os vazamentos de dados estão em alta

Por outro lado, a rotina de trabalho em regime de home office faz sistemas de segurança serem menos complexos do que as redes fechadas e controladas de ambientes corporativos. 

No conforto do lar e com outras preocupações na cabeça, o usuário pode também "baixar a guarda" e cair em fraudes que normalmente não seriam bem-sucedidas em outros contextos.

Inclusive, algumas modalidades de invasão nem sequer exigem que uma senha seja quebrada. Em golpes que utilizam engenharia social, um telefonema ou e-mail falsos podem ser capazes de abrir brechas em sistemas complexos de segurança e garantir acesso a sistemas inteiros para elementos mal-intencionados.

O que mais utilizar?

Listamos a seguir outras dicas importantes para garantir mais obstáculos que dificultem a ação de cibercriminosos. 

Senhas únicas

Além de optar por senhas difíceis de serem adivinhadas, é importante que você não repita os códigos de acesso entre serviços, sejam redes sociais, instituições bancárias ou outros cadastros. 

Prefira utilizar uma sequência para cada login, o que reduz os danos para o caso de apenas uma de suas senhas ser vazada ou descoberta.

Verificação em duas etapas

A autenticação ou verificação em duas etapas é uma checagem extra no login que pede uma confirmação do usuário de que é ele mesmo tentando acessar o serviço. Ela é normalmente feita com um código ou comando via e-mail em outro aparelho, como o smartphone do responsável pela conta. Desse modo, ter a senha quebrada não é o suficiente para uma invasão.

Biometria e(ou) detecção de rosto

Outro recurso extra de login é a utilização de impressão digital, imagem do rosto ou leitura da íris como forma de acesso. A menos que o cibercrime seja bastante elaborado, isso torna a segurança de contas e dispositivos restrita ao acesso do seu proprietário.

Gerenciador de senhas

Aplicativos que armazenam, gerenciam e até criam senhas são úteis não apenas para quem não consegue se lembrar de todos os códigos de acesso, mas também para manter esses dados mais seguros. Alguns desses programas até geram senhas automáticas e de difícil adivinhação para que nem mesmo você se preocupe em decorar todas elas.

Uma camada a mais de proteção

Mesmo seguindo todos os passos acima, incidentes de invasão a sistemas e acesso a dados pessoais ainda podem acontecer. O Avast BreachGuard é uma ferramenta que verifica a partir de vários mecanismos se suas informações sigilosas vazaram na internet. 

O serviço verifica vazamentos de senhas e dados pessoais na rede, além de informar o usuário sobre violações e auxiliar na troca de senhas. Clique aqui, conheça as vantagens e adquira já uma licença.


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