Chamadas automatizadas te perseguem? Saiba como responder a robôs e golpistas com a nossa lista de dicas e ferramentas mais recentes.
Você recebe uma ligação de um número que parece conhecido. A pessoa diz que trabalha para uma grande empresa com a qual você faz negócios. Parece saber quem você é. Em seguida, solicita mais informações: sua data de nascimento, número do CPF ou de um cartão de crédito.
Trata-se de um golpe de chamada automatizada. Mesmo que você já saiba do que se trata, você pode se sentir incomodado com a frequência dessas ligações. De acordo com um novo relatório, o spam de chamadas automatizadas (de todas as chamadas automatizadas não solicitadas, não apenas de golpistas) subiram mais de 325% no ano passado, para 85 bilhões de chamadas globalmente. Além disso, os golpistas adotaram táticas sofisticadas, como falsificar o número da chamada recebida para parecer com o seu número. E os golpes se estenderam ao correio de voz, incomodando ainda mais os destinatários das chamadas, pois eles agora precisam ouvir e excluir mensagens.
A equipe do Blog da Avast entrou em contato com a Comissão Federal de Comunicações dos EUA (FCC), que recentemente divulgou o primeiro relatório sobre chamadas automatizadas. “Chamadas automatizadas ilegais são um problema persistente”, disse Will Wiquist, porta-voz da FCC. “Os aumentos recentes de volume relatados são preocupantes e provavelmente relacionados à rentabilidade dessas chamadas”, bem como à facilidade de fazer grandes volumes de chamadas automatizadas falsas.
Mas você não precisa aceitar isso quieto(a). Aqui estão as melhores dicas e ferramentas para combater os golpistas que te ligam dia e noite.
Como combater os golpes de chamadas automatizadas
Não atenda a chamada se você não reconhece o número, mesmo se ele for da sua cidade ou se parecer com seu próprio número
Diga aos membros da sua família, especialmente aos idosos ou outras pessoas que possam estar vulneráveis, a não receberem chamadas de números desconhecidos
Não se deixe enganar por golpes em que a pessoa que ligou afirma representar o governo ou a polícia e pede dinheiro
Se você precisar analisar algum problema mencionado numa chamada suspeita, desligue e ligue para a agência ou empresa em um número de uma fatura recente ou de um website legítimo. Não ligue para o número que te chamou ou que foi informado durante a chamada
Se você sabe que se trata de uma chamada fraudulenta, não interaja com os golpistas. Mesmo apertar uma tecla do seu próprio telefone para supostamente se retirar de uma lista de chamadas pode fornecer informações pessoais sobre o telefone e a identidade
Os golpistas também encontraram maneiras de coletar informações e ganhar credibilidade. Tenha cuidado e diga aos membros da sua família que o fato de alguém saber seu nome ou mesmo informações pessoais ou financeiras não dá legitimidade a essa pessoa
Nunca forneça informações financeiras ou pessoais durante uma conversa telefônica com desconhecidos
Não deixe que alguém te force a pagar uma dívida usando um vale-presente ou ordem de pagamento
Outras ferramentas
Recentemente, as operadoras de telefonia móvel deram grandes passos para tratar do problema das chamadas automatizadas ou por robô. Pergunte à sua operadora quais são as ferramentas e recursos para combatê-las
Bloqueie spam e outras chamadas não solicitadas com o Avast Mobile Security, o antivírus gratuito para celulares Android
Você pode solicitar ao PROCON a retirada do número do seu telefone celular das ligações de telemarketing. Cada Estado possui uma forma de operar específica, mas, geralmente, basta preencher um breve cadastro
Pesquise os aplicativos de terceiros que bloqueiam chamadas automatizadas aqui
Para saber mais sobre os problemas com chamadas automatizadas no mundo, leia este relatório
A luta contra golpes de chamadas automatizadas não é em vão. Em março, por exemplo, a Comissão Federal de Comércio dos EUA encerrou quatro operações separadas responsáveis por fazer bilhões de chamadas automatizadas. Entre outras fraudes, os criminosos solicitavam doações para falsas instituições de caridade, vendiam falsas otimizações de ferramentas de busca e supostamente vendiam sistemas de segurança doméstica. Nos acordos, os acusados concordaram em pagar mais de US$ 20 milhões.