Os cibercriminosos estão buscando o ponto mais frágil da sua rede: o seu roteador. Saiba como se preparar para a próxima guerra cibernética.
Golpe de phishing em grande escala entra pelos roteadores
Um sofisticado e silencioso ataque já fez mais de 100.000 vítimas e 87% delas está no Brasil. Você tenta visitar o site oficial e o seu roteador te manda para sites falsos: Banco de Brasil, Netflix, Santander e Citibank estão entre os alvos. Isso tudo porque o seu DNS – a “lista telefônica” da internet – foi sequestrada pelo GhostDNS. Segundo nossos colegas da Netlab, mais de 70 modelos diferentes foram atingidos, de marcas famosas como a Cisco, D-Link, Huawei, Intelbras, MicroTik, Multilaser, TP-Link entre outras.
Mesmo clicando em um link correto, o seu navegador é enganado e você vai parar em sites muito “parecidos”, que roubam suas senhas (mesmo as bancárias). Para se proteger é muito simples: basta alterar a senha do roteador (especialmente se você usa a senha padrão) e resetar as configurações do DNS. Ou, para fazer isso automaticamente e em tempo real, use a função Site Real das versões do Avast.
O Brasil está no triste terceiro lugar dos mais infectados por redes zumbi – onde dispositivos conectados são controlados remotamente por cibercriminosos – com 756.420 aparelhos infectados, só atrás da Índia (1.485.933) e China (1.666.901).
Cryptojacking: o malware que cresceu 459% no último ano
Cryptojacking é o crime de usar o poder de processamento do seu computador sem o seu consentimento para minerar criptomoedas. Se você é (ou foi) uma das vítimas, pode ser que nem tenha notado, pois os sinais externos de que moedas digitais estejam sendo mineradas são só a lentidão e o superaquecimento do sistema, além do aumento da sua conta de luz.
Por isso, a partir de agora, para proteger nossos usuários, qualquer software que faça criptomineração terá de solicitar a sua permissão, ou os nossos algoritmos de inteligência artificial irão bloqueá-lo. Assim, você assume novamente o controle do que está acontecendo no seu computador.
Paradoxo? Com mais empresas oferecendo streaming de vídeo, a pirataria voltou a crescer
Certos filmes e séries só são oferecidos em determinadas plataformas (Netflix, Amazon, HBO, Hulu e, em breve, a Disney e a Apple) e, por isso, a pirataria voltou a crescer após vários anos em declínio. Segundo a Sandvine, "para ter acesso a todos os serviços e já que as coisas estão ficando muito caras para o consumidor, ele assina um ou dois serviços e pirateia o resto". Além dessa fragmentação, sabe-se que são mais pirateados os lançamentos que chegam “atrasados” ou “nunca chegam” a um determinado país.
Descoberta nova forma de infecção dos Macs
Os cibercriminosos que querem atingir as pessoas mais ricas e que usam dispositivos da Apple não descansam. Na conferência de segurança do Virus Bulletin, no Canada, foi apresentada uma falha no Gatekeeper – que verifica se um programa é legítimo e pode ser instalado – presente desde o OS X Leopard, lançado em 2007, e que permite que um app já instalado seja infectado e mantenha o malware escondido.
Usando algumas ferramentas disponíveis publicamente na internet, isso é muito mais fácil do que parece, pois, a maioria dos apps não passa por verificações de assinatura do seu código depois da instalação. Especialistas alertam para que você se proteja em camadas, usando um app de segurança dedicado, assim quando uma camada falha, a outra entra em ação para proteger você.