Após denúncias de vulnerabilidade, empresa já fez alterações e oferece recursos simples para deixar a sua ligação mais segura do que antes
A pandemia do novo coronavírus mudou a dinâmica das relações sociais, obrigando empresas inteiras a realizarem videochamadas com muita frequência para colocar reuniões em dia. Além disso, depois de semanas em isolamento social, é normal ter saudades de familiares e amigos e combinar uma ligação em grupo com áudio e vídeo.
Essa necessidade fez plataformas de videoconferência crescerem repentinamente, como o Zoom, fundado em 2011, mas que só agora atingiu o ápice da popularidade. Entretanto, a empresa não estava preparada para tantos acessos e atenção. Com o sucesso, vieram algumas críticas, já que o serviço apresentou falhas de segurança e privacidade.
Estudos mostraram que dados de usuários de iPhone eram enviados para servidores do Facebook e "invasões" de pessoas não convidadas nas salas se tornaram constantes. No caso mais grave, informações vazaram e foram vendidas em lotes na Dark Web. A Zoom foi alvo de uma técnica desse tipo, chamada de preenchimento de credenciais, que testava senhas antigas de seus usuários.
Felizmente, isso não significa que você vai ficar sem as suas videochamadas. Desde o momento em que as denúncias começaram, o Zoom correu contra o tempo para realizar melhorias de segurança, sem contar que o próprio usuário pode tomar alguns cuidados.
As mudanças do Zoom
Após as denúncias, o Zoom atendeu à comunidade e reforçou a segurança. A companhia deu um prazo de 90 dias a partir do início de abril para corrigir as falhas no serviço – e, em princípio, está comprometida a respeitar essa data.
Para começar, encerrou o envio de dados não autorizados e suspendeu funções, como a possibilidade de anexar arquivos. A versão 5.0 padronizou alguns recursos de segurança, como o uso de senhas, sala de espera e autorização para compartilhar a tela. Além disso, clientes da versão paga podem escolher qual data center do Zoom ficará encarregado pelo tráfego de dados.
(Fonte: Shutterstock)
Outra ação foi divulgada no início de maio*: a compra da Keybase, a desenvolvedora de segurança digital que será a responsável por lidar com a criptografia de ponta-a-ponta do serviço. Em outras palavras, em breve o Zoom vai codificar todas as ligações na versão paga, deixando a chave de segurança apenas nos aparelhos dos usuários e evitando o acesso por terceiros.
O que fazer?
Além das melhorias realizadas pela empresa, é possível tomar alguns cuidados para deixar a sua videoconferência ainda mais segura.
- Proteja sua conta: utilize como login um e-mail que você verifica com frequência e escolha uma senha forte, que não seja fácil de adivinhar.
- Fique atento aos links falsos: tenha cuidado ao baixar o aplicativo, verificando se o link enviado para a chamada pertence de fato ao Zoom. Melhor se você for ao site oficial, baixar e instalar o aplicativo antes da sua primeira reunião. Golpes que simulam a tela de login ainda não foram detectados, mas podem aparecer a qualquer momento.
- Cuidado com a divulgação: não compartilhe publicamente o endereço da reunião nas redes sociais. Envie o convite somente aos participantes da chamada.
- Reforce a segurança da sala: as conversas devem ser protegidas com senha de acesso, e cada convidado que entrar pode ser recebido em uma sala de espera virtual. Isso evita participantes indesejados.
- Escolha outros serviços caso as melhorias de segurança do Zoom não tenham sido suficientes para você. Uma alternativa é realizar videoconferências pelo WhatsApp, que, no momento, pode ter até quatro participantes (porém, esse limite pode aumentar a qualquer instante) ou o Google Meet, que está totalmente gratuito até o final de setembro.
- Utilize um software de proteção: um pacote de antivírus, como o do Avast, é capaz de monitorar o seu dispositivo e impedir que eventuais falhas de segurança sejam exploradas.
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