Boleto passa por mudanças que melhoram a segurança mas, segundo alguns analistas, caminha para a extinção.
Usado quase exclusivamente no Brasil, o boleto era muito popular tanto entre os comerciantes e prestadores de serviço quanto entre os consumidores. Podendo ser descontado em 2 dias úteis – comparado com os 30 dias necessários para o recebimento das operadoras de cartão de crédito – e não exigindo que a pessoa tenha uma conta bancária e cartão de crédito, o boleto parece trazer vantagens para todos.
Os bancos também mordem a sua fatia ao cobrar tarifas, mas, em geral, elas são menores do que as das operadoras de cartão de crédito. No entanto, há desvantagens significativas quanto à segurança e aos reembolsos. Os golpes utilizando falsos boletos sempre existiram: empresas fantasma, mercadorias que não são entregues, etc. E é praticamente impossível obter o ressarcimento do pagamento de um boleto caso haja algum problema na venda. Inclusive, golpistas pediam os dados da conta bancária da vítima para fazer uma transferência e conseguiam mais dados privados.
Outra forma de golpe utiliza malwares que alteram o código de barra dos boletos e desviam o pagamento das vítimas para outras contas bancárias. Também há relatos de desvio de malotes de boletos físicos e troca por boletos falsos.
Por isso, regulamentos da Febraban alteraram a plataforma de cobrança dos boletos bancários, terminando com o “boleto não registrado”. Segundo a Febraban, atualmente são emitidos 3,6 bilhões de boletos por ano, sendo 40% sem registro. Em princípio, o período de adaptação deveria ir até dezembro deste ano. Agora o CPF ou CNPJ de quem emite e de quem paga o boleto (sacado), o valor da cobrança e a data de vencimento do título têm de ser cadastrados no sistema bancário.
Acabaram os boletos “em aberto” para fazer contribuições e doações, também os boletos facultativos ou de proposta, que são enviados sem a autorização do cliente e muito usados para golpes. Várias imobiliárias estão repensando a sua forma de cobrança. Há quem preveja o fim dos boletos e que tudo passe a ser digitalizado.
Agora, quem emitir um boleto irá pagar uma tarifa bancária, mesmo que o consumidor não pague o boleto e isso, como é lógico, terá impacto no e-commerce. Atualmente, segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), entre 30 e 50% dos boletos emitidos no e-commerce não são pagos pelas pessoas. Outro ponto desfavorável é que, enquanto espera a data de vencimento, o consumidor “repensa” a compra e acaba desistindo.
No novo sistema, os bancos prometem contrapartidas de segurança: os fraudadores deverão serão bloqueados imediatamente em toda a rede bancária e os juros, multas e descontos serão limitados a um padrão bancário.
Os cartões de crédito, além de melhorarem a segurança das suas compras no caso de devolução e ressarcimento, também são mais seguros contra fraudes e permitem compras a prazo. Segundo a Clearsale, o Brasil movimentou R$ 53,4 bilhões no e-commerce em 2016, sendo que 38,2% da população realiza compras online. Também a “compra por impulso” aumenta com o cartão de crédito, o que é um atrativo para os lojistas online.
A Avast está sempre procurando aumentar a sua segurança
No caso dos boletos, além de detectar os malwares que alteram o código de barras em todas as suas versões, os módulos de proteção premium do Avast bloqueiam ataques de phishing e redirecionamento para sites falsos. Para os aparelhos Android, o Avast Mobile Security contém uma proteção extra de bloqueio por senha dos seus aplicativos, além, é claro, de bloquear malwares que “substituem” os verdadeiros aplicativos do seu banco e do leitor de código de barras.