Para pais com crianças viciadas em tablets e/ou conteúdo inapropriado no YouTube, temos alguns conselhos para você
Eu adoro o YouTube. Sempre que preciso aprender a consertar alguma coisa ou uma receita nova, faço uma busca em sua lista gigantesca de vídeos.
Como tenho filhos pequenos, já estava conformada com a influência do YouTube em nossas vidas. Quando um deles começou a assistir vídeos de esporte e natureza, tudo parecia muito inocente. Mas então, durante a primeira onda da Covid-19, quando foi decretado o lockdown em março, meus filhos descobriram os vídeos do jogo Minecraft, o que mudou instantaneamente o padrão de uso da ferramenta.
Não demorou muito para que eles ficassem grudados no YouTube por horas a fio. Até então, não reclamava sobre isso. Estava tentando sobreviver ao trabalho com três crianças em casa. E quando eles estavam assistindo ao YouTube, as brigas paravam. Mas não demorou muito para que eles não conseguissem mais parar de assistir. Quando sugeria outras atividades, eles ficavam irritados e descontavam em mim. Os pequenos não paravam de me incomodar dizendo que queriam assistir ao YouTube novamente.
Tentei estabelecer limites, mas meus apelos não eram páreo ao YouTube. Então, para acabar com o problema, eu bloqueei a plataforma. Depois de alguns dias, todos esqueceram dos vídeos de jogos. Ainda havia problemas com a dependência de dispositivos, mas na maioria das vezes, eles estavam prontos para desligar as telinhas na hora combinada.
Agora nossos filhos “voltam às aulas”, pegamos os dispositivos e, depois de uns dias de aprendizado à distância, as coisas pareciam estar indo bem. Meus filhos estavam se adaptando bem e pareciam ter a capacidade de administrar adequadamente o tempo online. Mas imagine a minha surpresa quando apareci do nada numa tarde durante a primeira semana de aula, e lá estava meu grande inimigo na internet: o jogo inominável.
E quando fui um pouco mais a fundo, encontrei isso:
E isso.
E isso.
... no Chromebook do meu filho de sete anos.
Primeiro, fiquei em choque. Fiquei impressionada com que o YouTube não estivesse bloqueado nos aparelhos das crianças. Assim, tentei eu mesma configurar as restrições. Mas depois de fuçar no dispositivo da escola por alguns minutos, percebi que não era possível ajustar as configurações, muito menos definir os controles de conteúdo.
Milhões de crianças têm acesso a dispositivos eletrônicos e, mesmo que as escolas implementem algum nível de controle nesses dispositivos, não há um padrão a ser seguido. Em alguns casos, esse controle é compartilhado entre a escola e os pais. Em outros, a questão é um pouco mais complicada.
Independentemente da sua situação, veja o que dá para ser feito no controle desses novos dispositivos na sua casa.
Como controlar um dispositivo enviado pela escola
Se seus filhos receberem um dispositivo da escola, pode ser que você tenha muito ou pouco controle. Cada situação é distinta. Como descobrir qual é o seu caso?
Bom, primeiro veja se os controles nativos do sistema operacional*, como o “Tempo de Uso” do iOS, estão disponíveis. Dependendo do sistema operacional, dá para ter muito controle sobre o conteúdo e aplicativos.
Se as configurações do dispositivo não forem suficientes, veja se você consegue instalar seu próprio software de controle parental* na máquina. Há muitas soluções que oferecem diferentes níveis de controle, dependendo do dispositivo. Procure por softwares de um fornecedor de boa reputação e fique atento a aplicativos stalkerwares que se vendem como sendo mecanismos de controle parental. Não tente esconder o aplicativo de controle parental dos seus filhos, mas fale sobre os parâmetros que você está estabelecendo e o porquê.
Como ter controle se você não tem acesso
Se não dá para controlar o dispositivo, não se desespere. Ainda há outras opções. A melhor delas é configurar controles parentais na sua rede doméstica. Para isso, você terá que fazer algumas modificações no seu roteador, que é por onde a internet entra na sua casa e se espalha na forma do sinal Wi-Fi. Como uma porta para a sua rede doméstica, o roteador é outro ponto onde você pode definir os limites do que um smartphone ou tablet podem fazer na internet.
Você pode usar um hardware que se liga ao roteador (humildemente sugerimos o Avast Omni) para monitorar sua rede, enviar alertas sobre dispositivos conectados e permitir que você estabeleça limites sobre o que cada dispositivo pode acessar. Em alguns casos, os controles são granulares, permitindo o bloqueio de sites e serviços específicos, ativando-os e desativando-os em horários predeterminados.
Se as opções acima não funcionarem, então é hora de procurar o time de TI da escola para que vocês possam encontrar uma solução conjunta. No livro 1-to-1 at Home: A Parent’s Guide to School-Issued Laptops and Tablets* (ainda sem tradução para o português), o psicoterapeuta Jason Brand* sugere que, em um ambiente de aprendizado em que os filhos contam com um dispositivo dedicado, a escola e os pais tenham uma estrutura de controle compartilhada. Os pais podem querer controlar o acesso e o conteúdo aos dispositivos fora dos horários escolares. Dependendo da solução adotada por sua escola, talvez existam restrições a aplicativos, serviços ou redes que podem ser implementadas para ajudar nesse controle.
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* Original em inglês.