YouTube, o parque de diversão dos golpistas

Nyrmah J. Reina 3 jul 2024

Nos últimos tempos, a plataforma de compartilhamento de vídeo se tornou o cenário dos ataques cibernéticos.

Você clica em um vídeo interessante no YouTube. Ele parece real, a pessoa que aparece nele é conhecida e tudo mais. Talvez valha a pena dar uma olhada. No entanto, acontece que ele lista um link para uma página de destino maliciosa.

Como isso aconteceu? O site parecia bom. Não tinha a fonte Comic Sans, nem erros de ortografia ou imagens estranhas que costumam aparecer nos sites de golpes. Não parecia haver nenhum sinal de alerta imediato. Ele parecia real, até mesmo sofisticado.

Com o avanço das novas tecnologias, os golpistas têm aprimorado seus esquemas e procurado novas maneiras de atrair os usuários. Um exemplo é o aumento dos golpes de deepfake. E, agora, o YouTube se tornou um parque de diversões popular entre os golpistas.

Entendendo o panorama de ameaças no YouTube

O YouTube, onde bilhões de olhos percorrem fluxos intermináveis de conteúdo, é o lar de novas e traiçoeiras ameaças cibernéticas, principalmente phishing e malware. Os atacantes cibernéticos exploram o enorme alcance da plataforma e os sistemas de publicidade automatizados.

Eles contornam as medidas de segurança tradicionais usando conteúdo gerado pelo usuário para convencê-lo a engajar com seu conteúdo malicioso.Os golpes são projetados com precisão, feitos para manipular o espectador.

Phishing para criadores de conteúdo

Uma das principais táticas observadas envolve campanhas de phishing direcionadas aos criadores de conteúdo do YouTube. Os invasores enviam e-mails se passando por possíveis colaboradores com links que, uma vez clicados, podem comprometer o canal do criador ao roubar cookies ou suas credenciais.

Essas contas comprometidas podem então se tornar novos canais para disseminar mais golpes, malware ou desinformação para o público do criador. Fique atento ao conteúdo estranho dos criadores que você segue.

Há algo suspeito neste vídeo

Os invasores podem carregar conteúdo junto com links maliciosos e códigos QR. Esses links geralmente redirecionam os espectadores para sites de golpes que envolvem brindes falsos ou esquemas de investimento, induzindo-os a divulgar informações pessoais ou a fazer transações financeiras que resultam em perdas.

Portanto, antes de inserir suas informações em qualquer lugar na Internet, certifique-se de que a fonte seja confiável. Analise o URL. Se ainda não tiver certeza absoluta, uma rápida pesquisa no Google pode lhe poupar muitos problemas.

Os deepfakes estão ficando cada vez melhores

Além da complexidade, o uso de deepfakes no YouTube está aumentando. Os golpistas usam essa tecnologia para criar vídeos falsos convincentes que imitam pessoas reais, tornando o conteúdo fraudulento mais fácil de acreditar e difícil de identificar como falso.

Se você vir uma celebridade patrocinando algo que não tem muito a ver com ela, ou uma pessoa conhecida fazendo uma afirmação, investigue antes de acreditar. A maioria dos patrocínios aparecerá nas redes sociais da pessoa patrocinada.

Como se proteger

  • Mantenha o ceticismo. Sempre verifique a autenticidade de e-mails e colaborações antes de baixar softwares ou clicar em links desconhecidos.
  • Fique de olho em ameaças novas Acompanhe as mais recentes táticas de golpes e ameaças à segurança cibernética que circulam em plataformas sociais como o YouTube.
  • Use soluções de segurança avançadas. Instale um software abrangente de segurança cibernética que inclua recursos projetados especificamente para bloquear anúncios e sites maliciosos.
  • Denuncie conteúdos suspeitos. Use as ferramentas de denúncia do YouTube para indicar qualquer conteúdo que pareça malicioso ou estranho, ajudando a limpar a plataforma de possíveis ameaças.

Conhecimento é poder

Os criminosos cibernéticos sempre buscarão oportunidades para ampliar seu alcance. O YouTube é apenas uma das muitas plataformas que os golpistas usam para enganar as pessoas.

Ao se manterem vigilantes e informados, os usuários podem evitar serem vítimas desses ataques sofisticados. No mundo digital, nem tudo é o que parece, mas há maneiras de descobrir o que é verdadeiro e o que não é.

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