Quando não aceitar cookies de um site?

David Strom 10 dez 2020

Fique longe dos “cookies ruins” e proteja sua privacidade com essas dicas descomplicadas

Quase todos os sites que você visita pedem para que aceite cookies, e a maioria das pessoas nem pensa sobre isso. Elas apenas clicam em “aceito” para se livrar de uma janela pop-up irritante. Mas o que exatamente elas estão aceitando? E para começar nossa conversa, o que são cookies? 

Esses pequenos arquivos de texto foram usados pela primeira vez em navegadores no ano de 1994. Não demorou muito para que se tornassem onipresentes. O problema é que a web não foi desenvolvida para preservar um estado em particular. Assim, quando o internauta ia de um site para outro, aquele site não tinha como saber que conteúdo já havia sido visitado sem o uso dos cookies.

Ao enviar um cookie ao usuário, o site poderia reconhecer o retorno do internauta e oferecer uma experiência de navegação mais agradável. Por exemplo, se determinado visitante abandonasse seu carrinho de compras em uma loja online, um cookie poderia ajudá-lo a economizar tempo ao não ter que selecionar novamente os mesmos itens ao retornar à loja alguns dias depois. Cookies também ajudam operadores de sites a lembrarem de configurações individuais, como idioma preferido, nome de acesso e outros valores.

Cuidado com cookies ruins

Com o passar do tempo, cookies passaram a ser usados para outras finalidades, como assegurar que um determinado internauta é realmente a pessoa que diz ser e limitar a exibição de anúncios com pop-ups, entre outras coisas. Agora há diversos tipos de cookies*: os que podem ser usados para rastrear os usuários, os que duram por um tempo específico e os que não são gerados diretamente pelo site, mas por terceiros, como anunciantes ou agências de publicidade.

Em meados da década de 1990, escrevi o artigo*: “Por que devemos ficar atentos aos cookies? Bem, ativistas da privacidade acreditam que cookies têm acesso a muitas informações sobre os usuários, e eles não querem que sejam transmitidas pela web. O único problema é que há muito mais informações disponíveis além dos cookies, como o seu endereço IP e e-mail”. Desde daquela época, foram surgindo tecnologias mais avançadas que podem rastrear suas atividades de navegação, como sua impressão digital online.  

Em 2011, a União Europeia (UE) classificou que cookies eram um potencial problema à privacidade e obrigou que donos de sites obtivessem a permissão de seus visitantes com a publicação daqueles pedidos irritantes ao entrar em uma página. A lei resultante foi completamente ineficaz: nenhum site europeu foi multado por violações de cookies até hoje.

Em quais circunstâncias um cookie é aceitável?

“Mais de 95% dos sites usam cookies. A maioria deles está relacionada a coisas operacionais, como a garantia de resposta rápida ou contagem de visitantes”, explica o pesquisador de segurança já citado neste longo artigo sobre a história dos cookies*. Certamente, caso queira ver mais anúncios direcionados (seja em banners ou pop-ups), é só continuar a aceitá-los.

Dicas de proteção de privacidade

Caso esteja preocupado com sua privacidade, veja como se proteger e ficar atento aos cookies ruins.

  1. Não aceite todos os cookies automaticamente. Você pode até tentar negar todos os cookies para ver se há alguma consequência adversa, como a demora no preenchimento de informações pessoais em lojas virtuais.

  2. Adote um estilo de navegação mais cauteloso. Use o modo de navegação privada sempre que possível e limpe seus cookies periodicamente. Passe a pesquisar na ferramenta de busca DuckDuckGo, que não rastreia as pesquisas dos usuários, como faz o Google e o Bing. Faça modificações nas configurações do navegador para torná-lo mais privado.

  3. Passe a usar um navegador que te dê mais controle sobre a sua privacidade, como o Avast Secure Browser, que elimina anúncios, bloqueia cookies de terceiros e acaba com phishing, ou o Tor.

  4. Instale softwares de segurança como o Avast AntiTrack, que elimina vestígios de impressão digital online e bloqueia anúncios dirigidos; ou o Avast Breach Guard, que verifica se suas credenciais de acesso a sites e e-mails não estiveram envolvidas em nenhuma violação de dados.

  5. Execute seu navegador somente em uma máquina virtual. No mínimo, isso é complicado e quase impossível de usar para humanos comuns. Mas ainda assim pode ser uma boa solução para os super paranoicos.

  6. Use uma VPN, mesmo quando estiver em casa. Tenha em mente que uma VPN protege não só o seu endereço IP, mas impede que sua localização geográfica seja enviada aos sites.

  7. Finalmente, diminua o máximo possível sua navegação em dispositivos móveis. Seu smartphone é um tesouro com todos os tipos de informações sobre você, e mesmo se você estiver usando qualquer um dos navegadores mais privados, terceiros podem acessar alguns desses dados.
     

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* Original em inglês.

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