Usuários de iPhone do Brasil são os que mais aceitam rastreamento

Alex Franco 21 jul 2021

No mundo, 15 milhões de pessoas concordaram em compartilhar dados, considerando uma revisão de 950 aplicativos

Desde 26 de abril, com a chegada do iOS 14.5 e do iPadOS 14.5, proprietários de dispositivos da Apple podem gerenciar o compartilhamento de informações nativamente. 

Dentre as regras impostas, os novos sistemas operacionais exigem que os apps solicitem autorização do usuário para a coleta de dados sensíveis – e a confiança do público brasileiro no sistema é alta, indica a desenvolvedora do AppsFlyer.

De acordo com levantamento da empresa, ainda que somente 7% tenham atualizado seus aparelhos na região, 51% aceitaram rastreamentos, tornando o país líder mundial de permissões, seguido de França (48%), Reino Unido (33%) e Japão (31%). Por outro lado, habitantes dos Estados Unidos foram os que mais negaram acesso, com apenas 29% de aceites.

No total, 15 milhões de pessoas concordaram em submeter os seus dados, considerando uma revisão de 950 aplicativos – todas munidas de detalhes sobre o que de fato é enviado, a exemplo de localização, contatos, calendários ou fotos, e sobre como isso é usado para a melhoria da experiência.

#56.1Brasil lidera ranking de concessão de permissões. Fonte: Shutterstock

Para que servem esses dados?

Não são poucas as notícias de redes sociais e empresas de tecnologia de publicidade que enfrentaram, nos últimos tempos, sanções e multas que atingem os milhões de dólares pelo uso de informações pessoais de forma diferente do que foi anunciado ao público.

Com a novidade, o objetivo da Apple, afirma a gigante, é reduzir a coleta de dados e o processamento nos aparelhos, garantindo transparência e segurança nas operações, pois alguns apps solicitam mais acesso do que o necessário para o uso dos serviços que oferecem.

Ainda segundo a big tech, a troca de informações pode ir para um ecossistema complexo de agentes e movimentar uma indústria que fatura US$ 227 bilhões por ano. São eles:

  • redes de publicidade;
  • editores de publicidade;
  • provedores de atribuição e medição;
  • corretores de dados;
  • outras empresas privadas e até organizações governamentais.

Apesar da comodidade que muitos podem oferecer, como anúncios publicitários personalizados, existe uma grande preocupação: em quase 20% dos aplicativos para crianças, desenvolvedores coletaram e compartilharam informações de identificação pessoal sem autorização comprovada dos pais, destaca o estudo.

Dados movimentam uma indústria bilionária. Fonte: Shutterstock

Privacidade ao alcance de todos

Não são apenas os clientes da Apple que podem gerenciar quais informações desejam compartilhar, pois, com a solução certa, qualquer pessoa é capaz de retomar o controle sobre sua presença na internet – e mesmo esse público tem a possibilidade de potencializar seus cuidados.

Por exemplo, com o Avast Premium Security você encontra funcionalidades customizadas para PC, Mac, Android e iPhone/iPad e protege seus dispositivos onde é mais preciso. 

Já com o Avast BreachGuard, informações sigilosas online são protegidas contra violações de dados por terceiros. O Avast Secure Browser, por sua vez, além de deixar a navegação até quatro vezes mais rápida, oculta tudo o que você digita na internet para manter seus passos virtuais sigilosos e seguros.


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* Original em inglês.

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