A menos que você tome precauções extras, os segredos das suas navegações privadas estão fadados a serem expostos.
Certamente, navegar na web no modo “incógnito” ou “privado” pode parecer mais seguro do que em um navegador totalmente desprotegido (a frase pode trazer um ar de segurança), mas pesquisas recentes e uma grande quantidade de relatos de casos de especialistas de segurança indicam que a navegação chamada de privada não é tão privada quanto dizem. De fato, não é nem um pouco privada: roteadores, firewalls, servidores proxy, chips de RAM e cache de DNS podem ter um registro do seu histórico de navegação.
A lição é clara: sem ferramentas adicionais apropriadas ou aplicativos, tais métodos de navegação “secreta” ou “anônima” podem não ter o resultado desejado. Essas dicas explicam como virar esse jogo.
Navegação privada
Nenhuma discussão sobre navegação privada pode começar sem a explicação do que isso seja. Resumidamente, pelo menos na maioria dos navegadores, o modo privado ou incógnito é projetado para minimizar os rastros digitais que você deixa ao navegar na internet.
Com o modo ostensivamente confidencial ativado, seu navegador não registra nenhum dado temporário no dispositivo usado.
Ainda assim, como o navegador não é o único que lê os dados enviados e recebidos na internet, é impossível excluir essas informações completamente.
A verdade é que cópias dos dados provavelmente residem em vários locais da rede, desde o roteador, passando pelo firewall até os servidores proxy ou cache de DNS. Resumindo, as informações que você achou que estavam protegidas ao navegar no modo privado/incógnito não estão nada protegidas, o que significa que elas podem estar vulneráveis a ataques de sequestradores de navegador ou até pior.
Esclarecendo os equívocos
Um dos maiores problemas com a navegação privada é o fato de os usuários acharem que ela é realmente privada.
De acordo com um estudo recente da Avast, 65% dos 10.000 clientes entrevistados acreditavam erroneamente que os modos de navegação incógnito/privado oferecidos pelos navegadores atuais anonimizavam suas identidades e ocultavam seus hábitos de navegação dos governos, empresas e anunciantes.
Além disso, o mesmo estudo indicou que 77% tinham expectativas falsas de que seu navegador alertaria sobre possíveis ameaças na internet, como extensões malignas ou de criptomineração não autorizada.
Sobreponha esses números com o fato de que apenas 21% dos usuários do modo privado/incógnito consideram esses modos de navegação seguros, e fica claro que existe uma falta de informação. Em suma, os usuários estão muito mal informados e provavelmente confiando demais nos modos do navegador que não chegam nem perto de serem tão seguros quanto eles pensam.
Navegação realmente privada
Então, o que pode facilitar a navegação realmente privada? Nos últimos meses, vários novos apps e complementos de navegador chegaram ao mercado para atender a essa necessidade. Essa tecnologia toma medidas adicionais para garantir que os dados destinados a serem privados continuem assim.
Por exemplo, veja o lançamento mais recente da Avast: o Avast Secure Browser. De acordo com as avaliações, essa tecnologia não só protege contra ataques na internet, como ransomwares, phishing e outros malwares, como também tem recursos para proteger os usuários contra vigilância em massa, criação de perfil online e outras invasões de privacidade do consumidor.
A ferramenta da Avast tem também um “Modo Banco” para bloquear informações financeiras e ele vem com o Bloqueador de anúncios, Anti-Rastreamento e Anti-Fingerprinting (impressão digital) ativados para manter a vida online do usuário em privacidade.
Outras soluções no horizonte, como o projeto piloto chamado Veli, desenvolvido pelo Massachusetts Institute of Technology, configuram servidores “de ocultação” que limpam todos os dados de identificação dos cabeçalhos que podem ser usados para localizar o usuário original.
Conclusão
Por mais que um navegador trabalhe para manter a privacidade dos dados, uma coisa é certa: os modos “privado” e “incógnito” sozinhos não são suficientes. A melhor solução para esse problema é acrescentar nova tecnologia ao navegador, como uma Rede Privada Virtual (VPN), que já está preparada o suficiente para enfrentar as vulnerabilidades e ataques mais comuns.
Embora os relatórios de privacidade na navegação privada estejam muito exagerados, os usuários têm a possibilidade de mudar para melhor, adicionando uma camada muito necessária de proteção de privacidade.
Publicado anteriormente em Reuters Plus.