Fique atento às medidas de “higiene de segurança” durante a pandemia do coronavírus

Os consumidores devem procurar informação confiável e não apenas o que dizem as pessoas mais próximas.

Muitas das notícias sobre a pandemia global da COVID-19 reforçam a importância de adotar algumas medidas de prevenção, como lavar vigorosamente as mãos e evitar multidões. As autoridades afirmam que uma higiene adequada e a adesão às recomendações das autoridades sanitárias são fundamentais para conter o avanço desse vírus mortal.

Enquanto isso, o medo do coronavírus atrai outros fatores de risco, alguns diretamente e outros indiretamente ligados à COVID-19. Consumidores empenhados em reunir informações sobre técnicas de proteção contra o vírus estão sendo alertados sobre golpes de phishing que podem se aproveitar de seus medos. Pessoas trabalhando no esquema de home office sofrem ameaças contínuas de cibercriminosos, que tentam invadir as redes das suas casas e empresas.

“É importante mantermos nossas guardas sempre erguidas para nos proteger contra essas ameaças de segurança”, alerta Martin Hron, pesquisador sênior da Avast. “Assim como é preciso prestar atenção à nossa própria higiene durante tempos como esses, deveríamos manter um alto nível de higiene de segurança para garantir que estamos mitigando os riscos”, completa.

Golpes ligados a vírus estão em alta. Autoridades emitem avisos para que as pessoas fiquem alerta a esquemas de investimento falsos e sites que anunciam “produtos milagrosos” ou vacinas contra coronavírus. Os consumidores devem procurar informação com base na ciência e não apenas em relatos pessoais.

No começo do mês, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou* sobre casos de e-mails phishing enviados por cibercriminosos se passando por representantes da entidade. A OMS recebe relatórios periódicos* sobre tentativas de ataques phishing ligados ao coronavírus.

Recentemente, o serviço secreto dos EUA também fez alertas* sobre golpes phishing praticados por pessoas que se passavam por organizações sanitárias oferecendo informações sobre o vírus. O simples clique em um daqueles links poderia infectar o computador do usuário.

A agência classificou o surto do coronavírus como “uma excelente oportunidade para os cibercriminosos, porque a situação desperta um dos instintos humanos mais básicos: o medo”.

Na medida em que mais regiões declaram estado de emergência como resposta ao coronavírus, pessoas que não costumavam trabalhar remotamente foram obrigadas, de uma hora para outra, a se acostumarem com coisas como VPNs e ferramentas de compartilhamento de documentos. Regras corporativas de trabalho remoto pode e devem ser rígidas. Funcionários devem recapitular práticas importantes com a equipe de TI antes de embarcar em longos períodos, talvez sem previsão de término, de trabalho remoto.

Outras medidas de segurança corporativa podem incluir coisas do tipo:

  • Providencie uma lista de números telefônicos aos funcionários para que eles possam contatar um humano da sua equipe de TI ou outro responsável em caso de algum problema tecnológico.
  • Informe os funcionários sobre hardwares, softwares e serviços que eles podem utilizar que não são fornecidos pela empresa, mas que poderiam ajudar a conectar e compartilhar arquivos com colegas durante esse período especial.
  • Estabeleça regras para o uso de hardware pessoal no home office, como impressoras.
  • Sempre que possível, implemente autenticação de dois fatores para adicionar uma camada extra de proteção às contas.
  • Certifique-se de que os funcionários tenham direito de acesso limitado, podendo acessar somente os serviços necessários para a realização de tarefas específicas, ao invés de conceder acesso à toda rede da empresa.

Outros riscos em potencial estão ligados à própria higiene de segurança. Funcionários que trabalham remotamente em regiões afetadas pelo coronavírus foram treinados a lavarem bem suas mãos e cobrirem a boca para interromper o avanço da doença. Mas será que eles estão tendo o mesmo cuidado com os dispositivos tecnológicos? Smartphones, laptops, tablets podem transmitir o vírus caso as práticas de segurança não sejam seguidas corretamente.

“Temos que ficar vigilantes para garantir que estamos nos protegendo em todos os aspectos de nossas vidas”, reforça Hron.

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