Quando se trata de combater o crime cibernético, a educação é tão importante quanto a proteção

Quando as pessoas têm as ferramentas certas para combater as ameaças cibernéticas, a sociedade e as empresas de segurança cibernética vencem.

Se você levar em consideração o aumento no volume de ameaças virtuais aos consumidores e às empresas, é fácil se sentir dominado.

Mas nem tudo está perdido, parcialmente graças ao setor de segurança cibernética que está lutando todos os dias para proteger pessoas e empresas, impedindo que dados sigilosos caiam nas mãos de cibercriminosos e outros que poderiam usá-los de forma indevida.

“Hoje em dia, não faltam más noticias”, diz Vincent Steckler, CEO da Avast, uma empresa de segurança cibernética cuja sede norte-americana fica em Redwood City, Califórnia. “Assim como há bandidos à solta querendo atacar, há pessoas boas, e nosso trabalho é proteger [pessoas] contra essas ameaças na internet e garantir que [elas] se sintam seguras”.

Admitimos que é difícil convencer o público a se informar sobre segurança cibernética. Notícias de ransomware e vírus são divulgadas todos os dias e novas alegações sobre ataques estrangeiros contra infraestruturas de outras nações semeiam medo e dúvidas sobre o que pode acontecer no futuro.

Uma pesquisa de mercado indicou que a ansiedade e incerteza são muito fortes entre consumidores em quase todos os grupos socioeconômicos.

Um estudo de 2017 da Pew Research Center revelou que 64% dos americanos já enfrentaram pessoalmente um vazamento de dados importante. O estudo observou que grande parcela do público não confia nas instituições, especialmente no governo federal e sites de redes sociais, para proteger suas informações pessoais. O estudo também mostrou que aproximadamente metade dos americanos (49%) acha que suas informações pessoais são menos seguras do que há 5 anos.

A histeria em torno da segurança cibernética se complica ainda mais se levarmos em consideração a internet das coisas (IoT), um esforço para conectar todos os itens cotidianos à internet, como aparelhos domésticos, babás eletrônicas, aparelhos de segurança doméstica e termostatos (para dar apenas alguns exemplos).

Para dar uma ideia disso, considere o seguinte: Espera-se que o número de dispositivos da IoT em todo o mundo triplique para 75 bilhões até 2025, em relação a cerca de 23 bilhões hoje.

Isso significa muitas possíveis portas destrancadas para cibercriminosos. E também significa que temos muito a ensinar às pessoas para protegerem seus dados.

Mas há algumas noções básicas que ajudam muito a educar os consumidores digitais para minimizar as ameaças virtuais. Steckler oferece algumas ações fáceis de serem seguidas por consumidores e empresas para tornarem seus mundos conectados à internet, locais mais seguros. Funcionários devem incorporar essas práticas à sua cultura de trabalho e os fabricantes de dispositivos devem promovê-las para aumentar a conscientização do público sobre elas:

Senhas, senhas e mais senhas

Os gurus da segurança cibernética repetem isso como um mantra: o gerenciamento de senhas é o primeiro passo na proteção dos dados. Isso vai muito além de usar boas senhas (ou seja, senhas com letras maiúsculas e minúsculas, números e outros caracteres). Isso significa evitar senhas comuns e usar senhas diferentes em contas diferentes. Especialistas em segurança recomendam aplicativos de gerenciamento de senhas como a maneira mais segura para monitorar e manter senhas online. Fornecedores como a Avast incluem isso como parte de suas ofertas padrão. É uma estratégia que as empresas devem promover a todos os funcionários e que os fabricantes de aparelhos digitais devem promover a todos os consumidores.

Atualizações, atualizações e mais atualizações

Uma das maneiras mais fáceis para os cibercriminosos tirarem proveito dos computadores e smartphones é atacar dispositivos que não foram atualizados com as medidas de segurança cibernética mais recentes. Isso significa que é crucial que as empresas e os consumidores mantenham todos os protocolos de segurança atualizados. Alguns fornecedores de segurança cibernética exigem que os usuários executem manualmente essas tarefas. Outros, como a Avast, oferecem atualizações de segurança com informações em tempo real sobre as ameaças mais perigosas do dia.

Comunicação, comunicação e mais comunicação

Em um mundo em que as notícias se espalham rapidamente, comunicados objetivos e imparciais sobre ameaças de segurança cibernética e vazamento de dados continuarão a ser fundamentais. É natural esperar que os consumidores e as empresas procurem a imprensa para obter informações sobre os malwares, spywares, ransomwares e vírus que podem afetá-los. As empresas de segurança podem se comunicar diretamente com os clientes, com alertas na interface do software ou por email ou mensagens, para aumentar e amplificar esses alertas. A Avast faz isso tudo.

Resumindo: embora as ameaças de segurança cibernética possam ser assustadoras e exigir vigilância, o consumidor não está sozinho nessa luta.

A melhor maneira para as empresas de segurança cibernética capacitarem os usuários para protegerem seus dados e usarem seus dispositivos com bom senso é educá-los e fornecer as ferramentas para ajudá-los. Isso não é bom apenas para os negócios, é a coisa certa a se fazer. No final, a sociedade sai ganhando.

Publicado anteriormente no site Reuters Plus.

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