Começam a surgir os malwares do futuro que podem atacar quase todos os processadores dos computadores e smartphones do mundo.
Há algumas semanas, o mundo ficou estarrecido com a revelação de que quase todos os processadores do mundo estavam vulneráveis às falhas Spectre e Meltdown. Essas falhas de segurança afetam quase todos os processadores da Intel, ARM e AMD fabricados desde 1995 usados em computadores e servidores Windows, Mac e Linux, além dos smartphones e tablets iOS e Android. Resumindo: todo mundo.
Essas falhas nos processadores poderiam permitir que os crackers driblassem os mecanismos de segurança que isolam os dados da memória do aparelho e ganhassem acesso a todo tipo de dados privados, por exemplo, todas as suas senhas.
Os pesquisadores do Laboratório independente de testes internacionais AV-TEST detectaram 139 amostras de malwares que podem atacar através dessas falhas. Em outras palavras: começam a aparecer os malwares do futuro.
O que se pode fazer para se proteger dos possíveis ataques?
Como sabemos, a correção total dessas falhas só pode ser feita no próprio hardware, dentro do firmware (software que gerencia o chip dos aparelhos). As falhas podem ser mitigadas por correções feitas no sistema operacional, ainda que possam surgir problemas como travamentos, reinicializações espontâneas e lentidões. Com relação ao antivírus, o máximo que ele pode fazer é bloquear as ações dos malwares que tentarem se aproveitar dessas falhas para suas ações maliciosas. Cada um tem um poder diferente, um papel diferente nessa luta contra o cibercrime.