A Anatel tem um plano de implantar o bloqueio até 2019 tanto dos aparelhos roubados quanto dos não homologados e os que tiveram o IMEI clonado.
As operadoras estão em um braço de ferro com a Anatel sobre as medidas para melhorar a segurança e conter os roubos e furtos de aparelhos que batem recordes continuamente. Enquanto houver pessoas que estejam dispostas a comprar aparelhos “baratinhos”, enquanto houver aqueles(as) que não podem pagar os altos impostos para ter aparelhos um pouco melhores, o mercado estará aberto. Sem falar, é claro, nos aparelhos que alimentam o crime organizado.
É claro que nada disso “justifica” as ações ilegais. Mas o fato é que temos de ter uma estratégia para reduzir o número de roubos e de aparelhos clonados. A segurança dos dados dos usuários também está em jogo, suas contas online, senhas, a lista de contatos e mensagens.
O bloqueio de dispositivos pelo número único e exclusivo do IMEI (o número de série único de cada aparelho) é uma das possíveis soluções de segurança. Sabemos que estão disponíveis na deepweb, gratuitamente, métodos para “trocar e validar” o IMEI. Quando isso não é “possível”, vários aparelhos continuam permitindo o uso da rede Wi-Fi e todas as outras funções do aparelho. A Anatel quer levar adiante o plano, pois mais de 1 milhão de celulares irregulares entra na lista do “futuro bloqueio” todos os meses. Em todo o mundo, mais de 41 milhões de aparelhos estão irregulares. Só no Brasil são 8 milhões (19,5%) de aparelhos inscritos no CEMI (Cadastro de Estações Móveis Impedidas).
Até junho, os usuários afetados (apenas aparelhos ativados após a vigência do plano, não os antigos) receberiam um SMS informando do bloqueio. O bloqueio efetivo começaria em outubro. Aqui também se incluem os tablets e máquinas de cartão de crédito.
Segundo a agência, os xinglings trazem risco à saúde pela exposição ao chumbo e cádmio, pela exposição a radiações eletromagnéticas acima do limite permitido e pelo risco de explosão das baterias e carregadores de baixa qualidade.
Se o seu smartphone é importado, mas de uma marca conhecida, você provavelmente não tem que se preocupar, pois eles vão continuar funcionando no Brasil, pois, em geral, são certificados por organismos equivalentes à Anatel.
Também sabemos que essas medidas dependem muito dos fabricantes: novas tecnologias que invalidassem entrar no aparelho ou para bloquear suas funções seriam muito bem-vindas. A segurança também depende muito da plataforma – iOS ou Android – do aparelho. Precisamos que o telefone vire um “peso de papel” se for roubado.
O que fazer com os aparelhos clonados?
Quando um celular tem o seu IMEI clonado, existem dois aparelhos funcionando: um ilegal e o outro é o seu. O bloqueio por IMEI atinge ambos aparelhos. Você pode, de uma hora para outra, ter o seu aparelho bloqueado, inutilizado. Não está claro como a vítima poderia esclarecer o ocorrido, nem mesmo como resolver o problema. É claro que as operadoras não podem usar um método “ilegal” de “trocar e validar” o IMEI.
Também não é possível dizer que dos dois aparelhos, o “primeiro” a usar o IMEI é o verdadeiro, pois o aparelho pode ser clonado antes de ser colocado à venda, dentro da caixa. Em alguns países, a simples troca do chip exige a burocracia de habilitar novamente o aparelho.
As operadoras pedem que os fabricantes melhorem a segurança do IMEI, criptografando-o.
Como descobrir o IMEI do seu aparelho
Verifique na caixa original do produto: são 15 ou 16 dígitos
Copie o número que consta do adesivo no próprio aparelho (pode estar em baixo da bateria)
Abra as Configurações do dispositivo e procure por esta informação, geralmente, junto com os dados do sistema operacional
Telefone para *#06# e copie o número que aparecerá no visor
Aliás, se o número do IMEI da caixa ou adesivo for diferente daquele que você obtém quando disca *#06#, o seu aparelho está irregular (foi adulterado). Nesse caso, procure quem lhe vendeu o aparelho e solicite a regularização ou troca do aparelho