Cookies: você sabe para que eles servem?

Entenda como funcionam esses arquivos presentes em larga escala na internet e se eles são benéficos ou prejudiciais

Os avisos sobre cookies estão cada vez mais presentes em sites, informando ao internauta a respeito da utilização desses pequenos arquivos que têm a capacidade de registrar os dados dos visitantes, gerando informações para diferentes utilidades.

Nas páginas que trazem esses avisos, há mensagens como “Este site usa cookies. Ao continuar a navegação, você concorda com a nossa política” ou “As configurações de cookies neste site são definidas para que possamos dar-lhe a melhor experiência enquanto estiver aqui”, por exemplo, encontradas em páginas de grandes empresas.

Em seguida, são oferecidas opções como “mais informações”, “saiba mais aqui” (para o visitante verificar do que se trata aquilo) ou “aceitar”. Na correria do dia a dia, muitas pessoas consentem com o uso desse mecanismo sem conferir os detalhes, para se livrar logo da mensagem e ter acesso aos conteúdos desejados.

Afinal, para que servem os cookies? É preciso se preocupar com esses avisos mostrados nos sites?

O que eles são e para que servem?

Os cookies são arquivos simples, enviados pelo site visitado ao seu computador, e ficam armazenados no navegador. Eles guardam informações que ajudam a identificar cada internauta, como o endereço IP, termos pesquisados, conteúdos acessados, configurações salvas, entre outras. Na próxima visita de um usuário àquela página, esses dados são acionados para confirmar se é uma pessoa que o visitou antes.

Muitos acreditam que os cookies sejam vírus ou outro tipo de arquivo malicioso, por atuarem como um programa espião. Porém, na verdade, um dos principais objetivos dos cookies é coletar informações para fins publicitários. Como esse tipo de armazenamento permite a verificação dos hábitos e das preferências dos internautas, possibilita também direcionar anúncios mais adequados ao perfil de cada um deles.

shutterstock_1212169411No modo anônimo do navegador, os cookies não registram seus dados (Fonte: Sam Kresslein/Shutterstock).

É por isso que o seu navegador começa a mostrar inúmeros anúncios de relógios, por exemplo, depois de você pesquisar, no Google, algo como “melhores relógios baratos”. Isso vale para qualquer produto e também outros buscadores, ou seja, os cookies mostram aos anunciantes quais são os itens de maior interesse do internauta, para que eles exibam publicidade relacionada a tais preferências.

Contudo, é importante saber que as funções dos cookies vão muito além de gerar perfis para direcionamento de anúncios. Eles também podem ser usados para:

  • guardar os ajustes feitos ao visitar um determinado site, como o idioma preferido, cidade de origem, o sistema operacional e o navegador utilizados;
  • monitorar o comportamento dos visitantes, registrando quanto tempo cada pessoa passa na página, os conteúdos mais acessados e os arquivos baixados;
  • armazenar informações sigilosas, como login e senha, para que o usuário não precise digitar esses dados todas às vezes que acessar o seu e-mail, redes sociais ou sites de compras;
  • registrar dados digitados em formulários online, como endereços, números de telefones e outras informações.

Diferenças na utilização dos cookies

Em geral, os cookies não costumam trazer problemas para os internautas, exceto nos casos de excessos de anúncios que podem surgir na tela, dependendo da quantidade de produtos pesquisados e da frequência.

Além disso, esses cookies primários até oferecem algumas vantagens, como salvar as suas preferências em um determinado site, evitando ter que configurar a página toda vez que a visitar, ajudando a melhorar a experiência de navegação.

Porém, é preciso ter cuidado com os cookies de terceiros que, normalmente, pertencem aos anunciantes e servem para rastrear hábitos de consumo. Eles armazenam detalhes a respeito dos seus produtos preferidos, suas marcas mais pesquisadas e sua localização, entre outros dados, para criar o seu perfil.

O problema com os tracking cookies (cookies de rastreamento, em tradução livre) está na possibilidade de comercialização das informações pessoais coletadas da sua máquina, mesmo sem o seu consentimento, com o risco de que elas caiam em “mãos erradas”. Um exemplo disso aconteceu no escândalo Cambridge Analytica, caso que envolveu o uso indevido dos dados de milhões de usuários do Facebook em campanhas políticas.

É preciso se proteger?

Mesmo com algumas vantagens oferecidas, é necessário ter cautela em relação aos cookies, para preservar a sua privacidade na internet e também melhorar o desempenho do seu dispositivo: eles se acumulam aos montes no navegador, junto a outros arquivos temporários, deixando o browser mais lento.

A Avast recomenda apagar os cookies de tempos em tempos, o que pode ser feito nas configurações do seu navegador, limpando o histórico de navegação. Ao se livrar deles, você precisará preencher formulários, logins e senhas novamente, além de redefinir suas preferências em alguns sites, mas preservará a sua privacidade.

E se você procura uma proteção mais avançada, o ideal é usar uma ferramenta como o Avast Antitrack Premium, que impede as ações invasivas dos tracking cookies e deixa a sua navegação mais segura.


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* Original em inglês.

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