Quem nunca sugeriu um app a um amigo? Agora até sem internet. E mais: farmácias não podem trocar CPF por descontos; a lenta morte do programa Android One; Procon-SP exige que a Apple inclua carregador nos iPhones
O Google informou que em uma próxima atualização do Nearby Share os usuários poderão compartilhar apps da loja Google Play com outros smartphones Android próximos, mesmo sem uma conexão de dados ou Wi-Fi. Para saber se o seu aparelho é compatível, abra as Configurações e vá para a seção Google. Selecione Conexões do dispositivo e, depois, toque em Compartilhar por proximidade para ativar a função.
Fonte: Google Blog
Depois, no app da Google Play, no menu Meus aplicativos e jogos haverá uma opção para Compartilhar aplicativos onde você poderá escolher os que deseja compartilhar. Se o seu telefone ainda não apresenta esta função, você receberá uma atualização do Google Play Services nas próximas semanas*. A novidade estará disponível em dispositivos Android com a versão 6.0 ou posterior.
Farmácias não podem "trocar" CPF por descontos
No Estado de São Paulo, as farmácias terão de informar como utilizam os números de CPF que coletam das pessoas em troca de descontos nas compras. Segundo a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), se ficar claro para o consumidor, os dados podem ser coletados, mas não de forma genérica e permanente.
Com o CPF, os estabelecimentos comerciais conseguem cruzar vários outros dados pessoais como o nome completo, endereço, e-mail, telefone e, no caso das farmácias, o perfil de consumo de medicamentos. Tanto a possibilidade de invasão do sistema e vazamentos quanto o repasse ou venda a outras empresas – por exemplo, farmacêuticas e operadoras de planos de saúde – sem o consentimento explícito são crimes. Os consumidores de outros Estados não veem a hora de ter uma lei assim.
Você apostou no Android One? Perdeu...
Quando foi lançado em 2014, o programa Android One vinha para incentivar smartphones de empresas locais que custassem 100 dólares (hoje, cerca de R$ 510). Com um hardware muito simples, os consumidores não abraçaram o programa. Ele ressurgiu em 2017, em um acordo do Google com a Xiaomi e a Motorola, para receber atualizações mais rápidas, sem depender das customizações dos fabricantes. Logo depois, o Nokia 8 Sirocco e o Nokia 7 Plus obtiveram a certificação do Google para se juntar ao programa.
A Xiaomi abandonou o Android One, quando o Mi A3 enfrentou sérias dificuldades com atualizações instáveis e de baixa qualidade. A Motorola reduziu os modelos, que somente são vendidos em alguns países. Nenhum smartphone com Android One, nem mesmo o recente Nokia 8.3 5G, foi atualizado para o Android 11, três meses após o seu lançamento. Parece que o Android One morreu.
Procon-SP exige que a Apple inclua carregador nos iPhones
Para proteger o meio-ambiente – reduzindo a emissão de carbono e o descarte de lixo eletrônico –, a Apple retirou o adaptador de tomada da caixa dos iPhones 11, XR, SE e Apple Watch, pouco antes do lançamento do iPhone 12. O "problema" é que o preço não baixou, não foi publicado um plano para recolher ou reciclar os carregadores antigos (logística reversa prevista na lei 12.305/2019), e o uso de produtos de terceiros pode afetar a garantia e a segurança dos iPhones, ainda que a Apple afirme cumprir a garantia caso os acessórios sejam homologados pela Anatel.
A prática também é considerada "venda casada", pois não há como utilizar um smartphone sem um carregador. O Procon-SP passou a exigir que o equipamento seja disponibilizado para os consumidores que pedirem. A Apple ainda pode ser multada segundo o Código de Proteção e Defesa do Consumidor.
A Samsung parece que vai seguir o mesmo caminho, com a homologação dos Galaxy S21, S21+ e S21 Ultra pela Anatel, sem carregador e sem fone de ouvido na caixa. A Samsung é conhecida por "criticar e depois fazer o mesmo", removendo postagens no Facebook e no YouTube onde criticava a Apple por lançar iPhones sem carregadores ou entradas para fone de ouvido.
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* Original em inglês.
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