Dual boot com Linux e Windows 11: o que esperar. E mais: mega vazamento do LinkedIn e falhas graves atingem dispositivos da Dell e da Western Digital
Com o anúncio da chegada do Windows 11 – esta semana para os testadores do programa Insider* e, provavelmente, em outubro para o público em geral – e as novas exigências de hardware para se fazer a atualização gratuita, restam algumas perguntas para aqueles que utilizam o Linux no mesmo computador.
Para carregar o Linux em uma máquina com Windows 11, será preciso uma distribuição de 64-bit compatível com UEFI, Secure Boot e o processador de criptografia integrado à placa-mãe, o TPM 2.0, cuja missão é garantir a integridade e a segurança durante a inicialização do sistema operacional, além de ser um componente crítico para o Windows Hello (autenticação do Windows) e o BitLocker. Curiosidade: o chip TPM não é permitido na Rússia e China e, talvez, a Microsoft tenha de fazer uma exceção.
Se o Windows 11 realmente exigir o Secure Boot habilitado, as distribuições Linux para dual boot* terão de assinar digitalmente os arquivos do kernel. Em princípio, no momento*, isso só ocorre com o Ubuntu (temporariamente com um bug), Debian, Fedora, openSUSE (e GeckoLinux) e o sistema FreeBSD.
Para saber se o seu sistema é compatível com o Windows 11, você pode usar a ferramenta PC Health Check da Microsoft (temporariamente fora do ar) ou a WhyNotWin11*, pois ele exige pelo menos 4GB de memória RAM, 64GB de espaço em disco e um sistema 64-bit compatível com UEFI, além do Secure Boot e do módulo de criptografia de hardware TPM 2.0, presentes nos notebooks desde 2006, mas que, infelizmente, pode faltar em desktops mais recentes. Também será necessária uma Conta da Microsoft e conexão com a internet ao ser configurado pela primeira vez.
As principais mudanças Windows 11 são:
- Atualizações menores (40%) e em segundo plano
- Snap Layouts: você pode salvar o layout das janelas na sua área de trabalho
- Snap Groups: reúne todos os apps da tela em um botão na barra de tarefas para você voltar ao ponto onde estava
- Personal Desktops: diferentes áreas de trabalho (e papeis de parede), uma para cada parte da sua vida
- Nova versão anual lançada no segundo semestre
- Menu Iniciar centralizado, com transparência e integrado na nuvem (Office 365), mas que ficará fixo na parte inferior da tela
- Arquivos recentes sincronizados com dispositivos/plataformas
- Interface com temas desde o roxo (escuro) até o azul claro
- Janelas com cantos arredondados
- Novas animações e transições mais suaves
- Janelas com transparência e com aparência de vidro
- Novo logotipo com 4 blocos iguais, sem distorção
- Transição de interface para uso com mouse, teclado, caneta ou toque/gestos
- Melhor suporte multitelas, permitindo rápida migração entre monitores com diferentes papéis de parede
- Microsoft Teams integrado ao Windows 11
- Widgets organizam suas informações com inteligência artificial e muita customização
- Jogos: melhor integração com o Xbox Game Pass e HDR automático (melhor resolução em jogos)
- Loja da Microsoft vai oferecer apps do Android através da Amazon Appstore ou de arquivos apk*
- Apps Android vão poder rodar diretamente no Windows via tecnologia Intel Bridge* e o sistema WSLg*, também deverão funcionar nos processadores AMD (Ryzen)
Outras promessas foram o menor consumo de energia pela tela* e funções de segurança*, como o suporte a DNS over HTTPS* (DoH) que melhora a privacidade de navegação.
E o que vai desaparecer? A Cortana, o Internet Explorer, o Status rápido da Tela de Bloqueio, a Ferramenta de Captura, Blocos dinâmicos, Modo Tablet, Linha do Tempo, Wallet, o Painel de Entradas Matemáticas; enquanto o 3D Viewer, o OneNote for Windows 10, o Paint 3D e o Skype só estarão disponíveis na Loja.
Mega vazamento reúne dados de 92% dos usuários do LinkedIn
De acordo com a Privacy Sharks*, dados pessoais de 700 milhões de usuários do LinkedIn – rede social da Microsoft – estão sendo vendidos na dark web, incluindo pessoas que se cadastraram recentemente em 2021: nomes, gênero, e-mails, telefones, endereços físicos, URL do perfil, formação e experiências profissionais, dados de outras redes sociais conectadas, e até expectativa de salário.
Não há indícios de vazamento de senhas e, por isso, a recomendação é estar atento a falsas ofertas de emprego, roubo de identidade e golpes de phishing. Obviamente, não use a mesma senha em mais de um serviço ou site e, se você faz isso, troque imediatamente suas senhas. O LinkedIn* afirma que os dados são agregados e não um vazamento direto dos seus servidores.
Falhas graves atingem dispositivos da Dell e da Western Digital
A empresa de segurança Eclypsium informou que 30 milhões de dispositivos da Dell de 129 modelos diferentes contêm 4 falhas críticas que permitem que cibercriminosos injetem código malicioso diretamente no BIOS – que é acessado através de uma interface remota BIOSConnect –, controlem o processo de boot e permitam acessar todo o computador. A Dell reconheceu as falhas* e recomenda aplicar as correções lançadas pela Dell via o app SupportAssist.
Usuários de discos externos da Western Digital – My Book Live e My Book Live Duo – sofreram um ataque que redefiniu os dispositivos para as configurações de fábrica, apagando todos os arquivos. Se você possui algum desses modelos – que não recebem mais atualizações de segurança –, a empresa recomenda* desconectá-lo imediatamente da internet. Ainda não se sabe o que motivou o ataque.
A Avast é líder global em segurança cibernética, protegendo centenas de milhões de usuários em todo o mundo. Saiba mais sobre os produtos que protegem sua vida digital em nosso site e receba todas as últimas notícias sobre como vencer as ameaças virtuais através do nosso Blog, no Facebook ou no Twitter.
* Original em inglês.
Photo by Windows on Unsplash
Photo by Windows on Unsplash
Photo by Souvik Banerjee on Unsplash
Photo by Erick Cerritos on Unsplash