Os cibercriminosos estão à frente de empresas como homens de negócio. Eles têm escritórios multinacionais, departamentos de marketing e equipes de suporte técnico. Talvez eles também precisem de um pouco de segurança...
Cibercriminosos presos
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Empresários do malware pegam pena de 57 meses na prisão
Um dos empresários do malware, Alex Yucel, vendia malwares a outros hackers através do seu site. O malware Blackshades permite que hackers controlem remotamente o computador de suas vítimas. Eles podem fazer coisas como gravar o que as vítimas digitam, espionar através das suas câmeras e roubar nomes de usuário e senha do seu email e de outros serviços. Eles também podem transformar os seus computadores em zumbis a partir dos quais executam ataques DDoS a outros computadores, sem o conhecimento das vítimas.
Um dos promotores de Manhattan, Preet Bharara, disse: “Alex Yucel criou, fez propaganda e vendeu programas cujo objetivo era controlar um computador e, com isso, obter a identidade da vítima e outras informações relevantes. Milhares de vítimas em todo o mundo tiveram suas vidas invadidas. Mas os dias de hacker de Yucel acabaram”. Veja o comunicado do Departamento de Justiça.
Yucel vendeu o software por apenas 40 dólares no PayPal e em vários fóruns de mercados negros. Os lucros com a venda deste malware estão estimados em 350.000 dólares. Yusel foi condenado por ações de hacker a quase 5 anos de prisão em Nova Iorque. No ano passado, mais de 100 vendedores do Blackshades foram presos na Europa e na Austrália.
Os negócios dos cibercriminosos foram desmantelados na Ucrânia
Na Europa, uma equipe de investigação conjunta desmantelou uma organização cibercriminosa na Ucrânia. Estes cibercriminosos de alto nível são suspeitos de desenvolver, utilizar e distribuir trojans bancários Zeus e SpyEye. O malware por eles desenvolvido atacou sistemas bancários online na Europa e em outros continentes. As perdas estão estimadas em mais de 2 milhões de euros.
O negócio estava organizado em grupos especializados. Alguns gerenciavam uma rede de centenas de computadores, outros procuravam obter dados bancários das vítimas (como senhas e número de contas) e outros lavavam o dinheiro. Este grupo de cibercriminosos também dispunha de uma equipe de marketing que fazia propaganda em fóruns do submundo da internet, vendiam os seus serviços como hackers a outras organizações criminosas, além de desenvolver um departamento de procura de parceiros.
A equipe formada por policiais e detetives de seis países europeus, com o apoio da Eurojust e da Europol, conseguiu parar esta grande organização cibercriminosa.
“Em uma das operações mais relevantes de uma equipe internacional de detetives coordenada pela Europol, foi desmantelado esta quadrilha de perigosos cibercriminosos", disse Rob Wainwright, Diretor da Europol.