Smartphones brilhantes, relógios espetaculares e equipamentos futurístas... O melhor da tecnologia móvel foi lançado no Mobile World Congress em Barcelona há duas semanas. Mas o que chamou atenção de muita gente foi uma experiência de hackeamento de smartphones feita no estande da Avast.
A equipe de segurança móvel do Avast mostrou como é fácil hackear smartphones e tablets durante o evento.
Qualquer estudante consegue
Filip Chytry, um pesquisador de malware móvel que você já deve ter conhecido se você visita o nosso blog com frequência, configurou um ponto de WiFi no estande da Avast que permitia que os visitantes rastreassem a atividade online de qualquer outro aparelho que também estivesse conectado naquela rede.
"O site permite que capturemos senhas, mensagens e outras informações que as pessoas digitam em sites, e Chytry também pode pode criar falsos cadeados verdinhos para os sites de login do Gmail e do Facebook, parecendo indicar que a conexão é segura...", informou o Bloomberg Business no seu artigo The Easiest Way to Get Hacked: Use Phone at Phone Show (A forma mais fácil de ser hackeado: utilize o telefone no Congresso).
A demonstração do hackeamento mostra o que o Avast encontrou durante uma experiência global da fragilidade de redes públicas de WiFi que foi feita pouco antes do MWC.
"O estudo mostrou que as pessoas em todo o mundo preferem esmagadoramente conectar-se a redes WiFi inseguras e desprotegidas em vez de redes protegidas por senhas", escreveu o Help Net Security em Global experiment exposes the dangers of using Wi-Fi hotspots (Experimento mundial mostra o perigo de utilizar hotspots WiFi).
A maioria das pessoas se conecta a redes WiFi públicas
complemente inseguras sem pensar duas vezes
Técnicos de segurança da Avast viajaram por 9 cidades em 3 continentes e descobriram que os usuários de WiFi na Ásia são os mais sujeitos a ataques. Chicago e Londres são as cidades mais vulneráveis nos Estados Unidos e na Europa. A porta-voz da Avast, Marina Ziegler, disse à revista E&T Engineering and Technology, "... em Londres, descobrimos que 54% dos roteadores tem criptografia fraca e são de fácil acesso aos hackers".
"Isto significa que se um hacker entrar em um pub, ele pode acessar as configurações do roteador e, por exemplo, redirecionar o tráfego através de um servidor malicioso", disse Chytry. "É muito fácil. Qualquer estudante pode fazer isto".