Hoje, a maior ameaça ao consumidor comum é o próprio consumidor.
Esta afirmação rotunda foi feita pelo CEO da Avast, Vincent Steckler, em uma entrevista na semana passada em Munique, ao site de tecnologia alemão Valuetech. Esta é uma afirmação ousada depois de um ano de revelações sobre a espionagem da NSA, o roubo de 10 milhões de senhas de usuários das lojas Target e Home Depot, o recente episódio de hackers na Sony Pictures, além do desfile normal dos malwares, trojans e vírus, mas é uma afirmação que tem Steckler por detrás.
Veja a entrevista aqui (04:00):
Steckler tem uma boa razão para a sua conclusão. Aqui estão alguns dos principais pontos que ele tocou durante a entrevista.
A engenharia social ataque a fragilidade humana
"Muitos ataques ainda utilizam técnicas de engenharia social, por exemplo os emails phishing, como formas de convencer o usuário a fornecer informações relevantes", disse Steckler.
Um exemplo destes emails phishing ocorreu logo após a Black Friday, quando cibercriminosos enviaram milhões de emails de confirmação de compras falsos aos clientes de grandes lojas. Você pode ler a respeito e aprender o que fazer se foi uma das vítimas em nosso blog, Fake confirmation emails from Walmart, Home Depot, others in circulation.
O equívoco chamado Mac
Os usuários do Mac são conhecidos por falar que não utilizam proteção antivírus porque eles nunca tiveram nenhum problema com vírus. Mas, na verdade, é apenas um jogo de números.
"Não há uma diferença fundamental", disse Steckler sobre a segurança dos PCs e Macs. "O Mac não é por si só mais seguro, como tecnologia, do que o Windows. O que faz a diferença é que o que é mais conveniente para um ataque cibernético".
Ele explica que o malware escrito para Windows pode atacar até 93% dos computadores do mundo. O malware para Mac atinge apenas 7-8% dos computadores em todo o mundo. A segurança se apoia no menor número de aparelhos Mac do que uma vantagem técnica de segurança.
Redes domésticas são tão complicadas quanto as das pequenas empresas
Com a interconectividade dos aparelhos domésticos - desde computadores, celulares, TVs e até refrigeradores, Steckler compara a rede doméstica típica com a das pequenas empresas.
"O ponto fraco central da 'Internet das coisas' vai ser o roteador doméstico - aquele aparelho que conecta todos os outros -", disse Steckler, "e basicamente não contém nenhuma segurança em si mesmo".
O Avast 2015 procura solucionar esta falta de segurança incluindo o novo escâner de Segurança da Rede Doméstica.