Furto de 1 bilhão de senhas online: o que mudou depois de 1 semana?

Andre Munhoz Pinto 15 ago 2014

Furto de 1 bilhão de senhas online: o que mudou depois de 1 semana?

Na semana passada caiu como uma bomba a notícia de que crackers russos haviam furtado 1,2 bilhão de senhas afetando milhões de usuários de internet e empresas no mundo inteiro. Grande redes de televisão como CNN e BBC deram grande destaque a este incidente e vários especialistas em tecnologia da informação vieram a público para informar que devemos trocar nossas senhas imediatamente! Mas o que exatamente mudou desde que este crime foi identificado?

O maior problema do furto de senhas não é o furto em si, mas a potencial comercialização desses dados depois O maior problema do furto de senhas não é o furto em si, mas a potencial comercialização desses dados depois

 

Para fazer um teste, deixei uma das minhas contas de e-mail com a mesma senha de antes. E pelo que me parece até agora o número de spams não cresceu e nem diminuiu. Portanto, começo a imaginar que esses russos aí já tinham minha senha de acesso muito antes desse furto ser anunciado. De qualquer forma, isso não significa que o estrago foi pequeno.

O problema não está apenas na quantidade de spams que você recebe, mas principalmente ao tipo de informação que estes criminosos podem acessar, não somente de você mas de seus contatos também. Esses dados não precisam ser utilizadas somente pelos cibercriminosos em si, mas eles podem vendê-los a outras pessoas que estão em busca de indivíduos com as suas características (ou criminosos atrás de você especificamente).

Entretanto, o mais interessante desta história é que parece que usuários de internet ainda não notaram um detalhe importante: este é o nosso mundo agora, a realidade nua e crua! Ninguém está livre de ataques online, seja após o furto de 1 bilhão de senhas ou durante um período de “paz virtual” como vivenciamos antes deste crime.

Portanto, além de voltar a apertar na mesma tecla do “mude sua senha a cada 3 ou 6 meses”, vou deixar aqui algumas dicas de como você pode evitar de se tornar alvo desses criminosos:

1) Se você usa com frequência internet pública/aberta em shopping centers, restaurantes, universidades, etc... instale um VPN (Virtual Private Network) no seu computador, tablet ou telefone. Dessa forma, crackers e hackers dificilmente terão acesso ao seu equipamento, mesmo que consigam invadir a rede pública a qual você está conectado.

2) Utilize um sistema de memorização de senhas para que você possa manter todos os seus acessos restritos e resguardados com um sistema de criptografia de nível militar. Além do mais, com esse serviço não é necessário ficar guardando na mente aquelas dezenas de senhas que você tem para cada site, email, registro, etc.

3) Pode parecer meio redundante, mas a dica mais importante é: instale um antivírus na sua máquina, seja ela um computador, laptop, tablet ou telefone. É incrível o número de pessoas que eu conheço e que confessam não ter antivírus em seus equipamentos. Eles dizem: “mas eu não faço nada demais com meu PC. Não baixo arquivos perigosos, não entro em sites suspeitos, blá, blá, blá”. Você pode ser a pessoa mais cuidadosa do mundo, mas a verdade é que sem um firewall, por exemplo, você sempre estará em risco de se tornar uma vítima de espionagem e furto de identidade. Adquira um antivírus que possua proteção para compras online, que atualize seus programas automaticamente, que tenha um firewall eficiente, que possa alertá-lo de emails fraudulentos, que te habilite a baixar arquivos suspeitos em um sandbox e que te ajude a restaurar seu PC em caso de ataques.

Enfim, entramos numa era digital que não tem volta. Embora o governo alemão vem pensando em arquivar seus dados mais privados na gaveta em papéis cujos conteúdos serão escritos na velha máquina de datilografar, é impossível pensar que voltaremos à época do mimiógrafo, dinheiro só em papel, pagamento de contas só no banco e computador só para jogar Enduro.

Seja precavido e tenha uma vida virtual mais segura!

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