A revista Exame da editora Abril publicou esta semana uma matéria reportando que 30% dos brasileiros acessam o Facebook somente pelo celular. Esse dado vai de acordo com o que o vice-presidente da empresa para a America Latina, Alexandre Hohagen, vizualizou no início do ano: o futuro da internet será móvel.
O Brasil está tornando cada vez mais mobile, mas e a segurança de nossa nova vida digital?
Mas a pergunta que fica é: o Brasil já está preparado para essa migração que tornará o mercado e o dia a dia das pessoas mais mobile?
Uma pesquisa que recentemente fizemos antes da Copa do Mundo entre usuários de smartphones no Brasil e nos Estados Unidos, apontou para o fato de que a grande maioria dos brasileiros pretendiam assistir aos jogos pela televisão, enquanto que na terra do Tio Sam o celular seria o principal médio de acesso às partidas.
Por outro lado, brasileiros confirmaram que usuariam seus telefones para manterem-se informados sobre resultados e notícias pós-jogo, ou seja, usuariam o celular como um elemento extra durante a Copa. Isso significa que embora utilizamos o telefone the maneira diferente, este pequeno aparelho já se tornou parte do nosso estilo de vida e cada vez mais caminhamos em direção à uma revolução mobile.
E isso parece muito lindo, mais ou menos como em um conto de fadas. Imagine só todos nós nos comunicando via smartphones... Ao menos poderei me desfazer da minha mesinha de canto onde mantenho meu laptop ligado e, quem sabe, colocar lá meu tão sonhado frigobar para minhas cervejas.
30% de brasileiros acessam FB somente via telefone
Tudo muito bom, tudo muito bem, mas a pergunta que fica é: como manteremos a segurança dos nossos dados online nesse novo mundo mobile? Não vou nem discutir aqui a questão da privacidade, pois isso já é assunto antigo e que já foi superado. O problema maior fica por conta do surgimento de novos ataques via mídia social. Como isso afetará os telefones dos usuários do Facebook?
Ainda não existe dados concretos sobre a invasão de sistemas operacionais de celulares, como Android, iOS e Windows Phone, embora discuta-se abertamente o fato do Android ser mais vulnerável que os outros dois, o que talvez não seja tão simples assim.
O que as pessoas precisam entender é que cibercriminosos agem da mesma maneira do que um outro criminoso na vida real, eles procuram por lugares onde eles podem captar a maior quantidade de dinheiro (ou neste caso do mundo virtual, de dados) possível. Assaltar um prédio no bairro dos Jardim, em São Paulo, pode até ser mais difícil, é verdade, mas isso não impede de ser um alvo dos ladrões.
Isso ocorre também com cibercriminosos. Hoje, Android representa mais de 80% dos telefones celulares vendidos no Brasil, por que alguém gastaria tempo tentando atacar um Windows Phone que possui em torno de 2% do mercado brasileiro?
Alguns dirão: “ah, então é só evitar Android e tá tudo certo”, não é bem assim. Um vírus que ataca seu Facebook não está preocupado com o tipo de sistema operacional que você usa e, considerando que iOS e Windows Phone não possuem soluções antivírus, você se torna uma vítima em potencial ainda maior.
A segurança neste novo mundo online de mobiles ainda está longe de ser resolvida, ainda existem muito mais perguntas do que respostas. Mas, esta semana publicamos aqui o caso de dois crackers que conseguiram invadir aparelhos da Apple que estavam ligados a wi-fi abertas via Instagram. Por que isso não poderia ocorrer via Facebook (vale lembrar que Instagram é um empresa da Facebook)?
Se você realmente quer se manter seguro a sugestão é: primeiro, tome muito cuidado com os links que você acessa todos dias, se for suspeito, evite-o. Segundo, baixe um antivírus gratuíto em seu celular, com os novos aparelhos possuíndo grande espaço de memória e os antivírus se tornando cada vez mais leves, isso não lhe causará problemas e nem custará dinheiro.